quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Casamento no Porto, aulas de francês, bilinguismo

No fim-de-semana que passou fui ao casamento de dois amigos no Porto. Foi uma visita rápida mas intensa. Estive com grande parte das pessoas por quem tenho mais carinho, ainda que apenas para almoçar ou jantar. Contámos as novidades rapidamente como quem relata um jogo de futebol. Foi suficiente para aquecer um bocadinho o coração.
Matei as saudades das francesinhas, das alheiras, dos almendrados, dos pastéis de nata, das sangrias e dos bons cafés. Perfeito :)


Na semana que passou fiz o meu primeiro teste de Francês na V.U.B.. As aulas, que comecei há mais de um mês, têm sido um verdadeiro prazer.
Em primeiro lugar, porque gosto de aprender, e considero que dedicarmo-nos à aprendizagem de novas tarefas (sejam línguas, danças, ciências, histórias, jogos, malabarismo) é essencial para o workout do cérebro.
Segundo, o professor é fantástico: sabe cativar os alunos através de inúmeras actividades práticas e tarefas verdadeiramente divertidas.
Por outro lado, a própria turma é um factor motivante, pela sua diversidade cultural e boa-disposição constante entre os seus elementos.
É uma actividade que me obriga a praticar o francês, pois entre os amigos espanhóis com quem vivo e a população portuguesa com quem trabalho, falar francês não é, de facto, uma tarefa quotidiana. 
De forma a promover o meu interesse e motivação pela língua, decidi dar-me uma prenda a mim própria e fiz uma espécie de passe para o cinema, o que significa que posso ir ver os filmes que quiser, sempre que quiser. Como todos os filmes - incluindo os de animação - passam ou em versão original legendados em francês ou em versão francesa, obrigo o meu cérebro a escutar e ler o francês. Maior motivação é impossível :)

Em relação à Terapia da Fala, desde que começou o ano escolar comecei a trabalhar com mais duas meninas em idade escolar e um menino em idade pré-escolar. As duas meninas tem sido imensamente desafiantes pela questão do bilinguismo!
O bilinguismo trata-se da capacidade de expressar-se em dois sistemas linguísticos diferentes. Os falantes devem ser capazes de utilizar estes sistemas alternadamente, dependendo do contexto e dos interlocutores inerentes. Contudo, numa idade precoce, é normal verificarem-se alguns processos que denotam a imaturidade na capacidade de distinção e divisão clara entre as duas línguas em questão.
No caso destas duas meninas, verifica-se que numa mesma frase utilizam um cocktail de palavras portuguesas e francesas, dizem palavras francesas que elas próprias "aportuguesam" e, por vezes, tentam dizer uma frase em português utilizando contudo a estrutura gramatical da língua francesa.
O meu papel passará por ajudar a "arrumar o armário das línguas", colocando cada uma na respectiva gaveta.  

Até breve *

Nenhum comentário:

Postar um comentário